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Noroeste e Entorno

Kinross anuncia investimento de US$ 195 milhões no Brasil, teremos novas operações em Minas Gerais?

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A Kinross Gold, mineradora canadense com grande operação em Paracatu, planeja investir cerca de US$ 195 milhões no Brasil em 2025, conforme um relatório divulgado esta semana. Embora a empresa não tenha detalhado a destinação específica dos recursos, é esperado que a maior parte do montante seja alocada em Minas Gerais, onde a mineradora mantém sua única unidade de mineração no país.

A operação de Paracatu, uma das maiores minas de ouro a céu aberto do Brasil e do mundo, é a principal fonte de produção da empresa no território brasileiro. Além da mina, a mineradora possui uma usina de beneficiamento, áreas para armazenamento de rejeitos e infraestrutura relacionada. A empresa também opera duas usinas hidrelétricas em Goiás, responsáveis por cerca de 70% da energia consumida na unidade de Paracatu, como destacou o jornalista Thyago Henrique, do Diário do Comércio.

Em 2024, as despesas de capital da Kinross no Brasil somaram US$ 140,5 milhões, um valor 38,8% inferior ao programado para 2025. Todo esse montante foi direcionado para a operação de Paracatu. A mineradora, porém, projeta aportes significativos para este ano, incluindo US$ 90 milhões em equipamentos móveis, US$ 25 milhões em instalações de moinho e US$ 75 milhões em estruturas de rejeitos.

No cenário global, o investimento da empresa em 2025, que inclui projetos no Canadá, Estados Unidos, Chile e Mauritânia, deverá alcançar US$ 1,15 bilhão, o que representa um aumento de 6,9% em relação ao ano anterior. Em 2024, a Kinross gastou US$ 166,4 milhões em atividades de exploração, com destaque para os 318 mil metros de perfuração realizados em seus projetos ao redor do mundo. Em Paracatu, a mineradora concluiu o mapeamento de reconhecimento e a amostragem de solo, gerando novos alvos que serão avaliados até dezembro.

Produção de Ouro em Paracatu

A produção de ouro em Paracatu teve uma leve queda em 2024, totalizando 528,6 mil onças, uma redução de 10,1% em comparação ao ano anterior. Embora tenha superado a marca de 500 mil onças pelo sétimo ano consecutivo, a mineradora enfrentou desafios, especialmente no quarto trimestre, quando a produção foi de 123,9 mil onças, com uma queda de 3,1% em relação ao mesmo período de 2023.

De acordo com a Kinross, a diminuição na produção foi causada, principalmente, por menores teores de minério extraídos, devido ao sequenciamento planejado da mina, que priorizou material mais duro. A mineradora também enfrentou dificuldades no rendimento durante a manutenção do moinho e no sequenciamento da mina, o que impactou o desempenho trimestral.

No entanto, a expectativa da empresa para 2025 é de recuperação, com a projeção de aumento na produção à medida que a extração se mover para porções da mina com maior teor de ouro.

Custo de Produção

O custo de produção por onça vendida também registrou alta tanto na comparação anual quanto trimestral. A mineradora explicou que o aumento anual foi impulsionado pela menor produção e pelos custos mais altos com empreiteiros de perfuração e fornecimento de explosivos, embora o câmbio favorável tenha ajudado a atenuar o impacto. Já a alta trimestral foi atribuída principalmente à queda na produção, também parcialmente compensada pela variação cambial positiva.

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