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Agronegócio

Deputados distorcem ordem do STF em manobra corporativista, diz Daoud

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O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que seja votada pela Câmara dos Deputados, até o dia 30 de junho, a redistribuição de parlamentares para atender sete estados brasileiros (Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Piauí, Paraíba, Bahia, Pernambuco e Alagoas).

Isso ocorre porque o artigo 45 da Constituição Federal determina um número mínimo de representantes para cada unidade federativa, conforme a população local, desde que o número não seja inferior a oito e nem superior a 70, conforme o número de habitantes de cada ente.

Câmara deve votar urgência para alta no número de deputadosCâmara deve votar urgência para alta no número de deputados

Diante disso, os parlamentares apontam para outra saída: o aumento do número de cadeiras no parlamento, passando das atuais 513 para 527. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota, destacou que o novo número, se aprovado, não pode representar o aumento do custo do Poder Legislativo.

O comentarista do Canal Rural Miguel Daoud critica a medida articulada pelos parlamentes. Segundo ele, estudos já mostraram que ao se somar os salários, benefícios e auxílios dos deputados, cada um deles custa ao estado que representa em torno de R$ 274 mil por mês, valor que, se somado pelos atuais 513, contabiliza cerca de R$ 140 milhões mensais.

Para Daoud, a proposta em debate, de autoria da deputada Dani Cunha (União-RJ), considera os dados do Censo 2022 “inconsistentes”, já que a coleta foi feita com dois anos de atraso devido à pandemia e a cortes orçamentários.

De acordo com ele, na prática, o projeto cria um “seguro parlamentar”. “Assim, ninguém perde a vaga, e todos podem ganhar. Essa medida é uma manobra corporativista que, além de driblar a ordem do STF, compromete ainda mais as contas públicas.”

Para o comentarista, enquanto países com sistemas representativos mais eficientes revêem suas estruturas para torná-las mais enxutas e conectadas à realidade fiscal, o Brasil caminha na contramão, ignorando os limites de um Estado que já opera no vermelho.



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