O Brasil enfrentou um aumento alarmante de 79% nas áreas atingidas por incêndios entre janeiro e dezembro de 2024, em comparação com o ano anterior. Segundo o Monitor do Fogo do MapBiomas, 30,8 milhões de hectares foram consumidos pelo fogo, uma área maior que o território da Itália. Esse é o maior registro desde 2019.
O fenômeno climático El Niño, que causa secas prolongadas, juntamente com ações humanas como desmatamentos e queimadas ilegais, foram os principais fatores que impulsionaram o aumento das queimadas. Ane Alencar, coordenadora do MapBiomas Fogo, destacou que os dados refletem uma crise ambiental grave que exige ações coordenadas e engajamento para conter os danos ambientais.
A Amazônia foi o bioma mais afetado, com 17,9 milhões de hectares queimados, representando 58% do total nacional. O Cerrado também sofreu bastante, com 9,7 milhões de hectares de vegetação nativa queimados. Os estados mais impactados foram Pará, Mato Grosso e Tocantins.
A urgência de políticas públicas e ações globais coordenadas para mitigar os impactos das queimadas é mais evidente do que nunca, especialmente nos biomas mais sensíveis, como a Amazônia e o Cerrado.