O mercado brasileiro de soja apresentou poucos movimentos, em um dia marcado pela expectativa em torno do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na sexta (12).
O analista da consultoria Safras & Mercado Rafael Silveira destaca que o ritmo das negociações foi contido, mas houve destaque para o Rio Grande do Sul, onde foram reportados volumes mais agressivos.
“Já no Paraná, a movimentação foi discreta, e nos demais estados praticamente não houve registros relevantes”, comenta.
Em Chicago, a soja encerrou em alta, mas o dólar operou abaixo de R$ 5,40 durante boa parte da sessão, o que reduziu o impacto positivo. “Os prêmios também não ajudaram para dar mais força às indicações”, acrescenta Silveira.
Preço da saca de soja no Brasil
- Passo Fundo (RS): permaneceu em R$ 135
- Santa Rosa (RS): ficou em R$ 136
- Porto de Rio Grande (RS): se manteve estável em R$ 141
- Cascavel (PR): subiu de R$ 135 para R$ 136
- Porto de Paranaguá (PR): seguiu em R$ 140,50
- Rondonópolis (MT): aumentou de R$ 128 para R$ 129
- Dourados (MS): avançou de R$ 127 para R$ 128
- Rio Verde (GO): permaneceu em R$ 126
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais altos.
De acordo com Silveira, o mercado buscou suporte em compras de barganha. “A expectativa de que haja uma revisão para baixo na produção norte-americana também ajudou na recuperação”.
- Veja em primeira mão tudo sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no Google News!
O grão se afastou das máximas do dia nos últimos negócios, principalmente pela ausência de demanda por parte da China.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2025/26, com início em 1º de setembro, ficaram em 541.100 toneladas na semana encerrada em 04 de setembro.
Destinos desconhecidos lideraram as compras, com 431.700 toneladas. Analistas esperavam
exportações entre 400 mil e 1 milhão toneladas.
Expectativas para o relatório
O USDA deverá indicar corte na projeção de safra dos Estados Unidos em 2025/26. Analistas consultados pelas agências internacionais indicam que o número para a safra norte-americana em 2025/26 deverá ficar em 4,273 bilhões de bushels, contra 4,292 bilhões previstos em agosto.
Para os estoques de passagem, a previsão é de um número de 293 milhões de bushels para 2025/26, contra 290 milhões projetados em agosto. Para 2024/25, a aposta é de um corte, passando dos 330 milhões indicados em julho para 327 milhões de bushels.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 125,6 milhões de toneladas. Em agosto, o número ficou em 125,2 milhões. Segundo o mercado, a indicação do USDA para 2025/26 deverá ser de 125,4 milhões de toneladas, contra 124,9 milhões projetados em agosto.
Contratos futuros

Os contratos da soja em grão com entrega em setembro de 2025 fecharam com alta de 8,25 centavos de dólar por bushel ou 0,80%, a US$ 10,33 1/2 por bushel.
A posição novembro de 2025 teve cotação de US$ 10,52 1/2 por bushel, avanço de 7,75 centavos de dólar por bushel ou 0,74%.
Nos subprodutos, a posição dezembro de 2025 do farelo fechou com ganho de US$ 1,90 ou 0,66%, a US$ 287,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro de 2025 fecharam a 51,60 centavos de dólar por libra-peso, elevação de 0,59 centavo ou 1,15%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou em queda de 0,27%, sendo negociado a R$ 5,3916 para venda e a R$ 5,3896 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3738 e a máxima de R$ 5,4253.
O post Veja como fecharam os preços da soja na véspera do relatório do USDA apareceu primeiro em Canal Rural.