TV x redes sociais: efeitos no cérebro são diferentes, segundo estudo

Um novo estudo aponta que assistir televisão e acessar as redes sociais têm efeitos diferentes quando o assunto é a atividade cerebral. Os padrões distintos foram identificados durante experimento realizado em pessoas de 18 a 25 anos

De acordo com os pesquisadores, a TV está associada a um aumento do foco, enquanto a mídia social apresenta um resultado contrário. As conclusões foram apresentadas em estudo publicado na revista Scientific Reports.

Exposição aos dispositivos resultou em efeitos diferentes no cérebro (Imagem: Edit 4 Me/Shutterstock)

Redes sociais causaram redução da atividade cerebral

Durante o trabalho, os participantes foram expostos às telas de aparelhos de TV e de celulares. Eles foram analisados a partir de espectroscopia funcional de infravermelho próximo (fNIRS), uma técnica que mede a atividade cerebral através da detecção das alterações na concentração de hemoglobina oxigenada e desoxigenada no cérebro. 

Segundo os pesquisadores, foram identificadas mudanças de humor, energia, tensão, foco e felicidade. Após o uso das redes sociais, por exemplo, os níveis de hemoglobina oxigenada aumentaram mais do que em comparação com a TV. Nestes casos, os participantes relataram se sentir menos focadas, além de apresentarem níveis mais baixos de atividade cerebral.

Pasta com ícones de redes sociais em tela inicial de iPhone
Uso das redes sociais diminuiu o foco dos usuários (Imagem: Viktollio/Shutterstock)

Essas descobertas sugerem que os tipos interativos de entretenimento deixam o cérebro mais ou menos envolvido. Em outras palavras, diferentes formas de uso da tela estão associadas a padrões distintos de atividade e estados de humor.

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imagem mostra uma pessoa apontando um controle remoto para uma televisão
Assistir televisão aumenta a atividade cerebral (Imagem: Yuri Snegur/Shutterstock)

Descobertas podem explicar aumento dos transtornos de humor em jovens

  • Embora o estudo tenha analisado jovens adultos, essas descobertas sugerem um resultado semelhante nos adolescentes.
  • Por isso, os pesquisadores defendem que as conclusões sejam levadas em conta nas discussões sobre a limitação do uso das redes sociais.
  • Segundo o trabalho, “se este é o efeito em um cérebro totalmente desenvolvido, precisamos urgentemente considerar os impactos sobre adolescentes e crianças que estão usando cada vez mais essas tecnologias”.
  • Para a equipe, os resultados do estudo podem explicar, por exemplo, o aumento dos transtornos de humor em jovens de todo o mundo.
  • Por outro lado, os cientistas responsáveis pela pesquisa admitem que são necessários mais estudos para entender a relação complexa entre o uso de telas e o cérebro.

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