Nos últimos meses, as relações comerciais entre os Estados Unidos e a China têm se deteriorado rapidamente, com o presidente Donald Trump ameaçando encerrar negócios relacionados a óleo de cozinha e outros produtos comerciais na última terça-feira (14). Esta escalada de tensões entre as duas maiores potências econômicas do mundo tem sido marcada por trocas de farpas através da diplomacia, imprensa e redes sociais. A situação se agravou quando Trump anunciou a implementação de tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses, o que levou a China a suspender a compra de soja norte-americana. Em resposta, Trump classificou a ação chinesa como um “ataque econômico direto” aos produtores rurais dos Estados Unidos.
O óleo de cozinha, que agora está na lista de possíveis restrições, desempenha um papel crucial na produção de biocombustíveis, especialmente o diesel renovável, em refinarias norte-americanas. A maior parte do óleo utilizado nos Estados Unidos é importada da China, que coleta, processa e exporta o resíduo para o mercado americano. Qualquer restrição nesse comércio afetaria diretamente empresas de energia e combustíveis nos Estados Unidos, além de impactar exportadores chineses de subprodutos agrícolas. O setor agrícola americano também está em alerta, temendo retaliações ainda maiores no mercado de grãos.
Analistas de mercado sugerem que a reação de Trump é uma resposta política ao que o governo norte-americano percebe como um boicote por parte da China. A guerra tarifária entre os dois países está começando a impactar significativamente a economia e a população de ambas as nações, com consequências diretas para o bolso dos contribuintes. As tarifas adicionais e as retaliações comerciais estão criando um ambiente de incerteza econômica, que pode ter efeitos duradouros sobre o comércio global.
A expectativa agora se volta para o desenrolar dos acontecimentos até o encontro previsto entre Trump e o líder chinês Xi Jinping na cúpula da APEC, que ocorrerá no próximo mês. Este encontro é visto como uma oportunidade crucial para ambos os líderes negociarem e, possivelmente, amenizarem as tensões comerciais.
Com informações de Eliseu Caetano
*Reportagem produzida com auxílio de IA