O Ministério do Comércio da China reagiu, neste domingo (12), às declarações do presidente americano Donald Trump, que anunciou a intenção de elevar as tarifas sobre produtos chineses para até 100%. Em nota, o governo chinês afirmou que “não deseja uma guerra tarifária, mas também não a teme”. Com isso, a China, outros países asiáticos e também o Brasil conseguiram ocupar parte do espaço de mercado que antes era destinado aos Estados Unidos.
Com o avanço das tensões comerciais entre China e Estados Unidos, Miguel Daoud, comentarista do Canal Rural, apontou que o secretário do Tesouro americano já indicou que as tarifas de 100% não devem ser aplicadas até o encontro de Trump com o presidente chinês.
- Fique por dentro das novidades e notícias recentes sobre a soja! Participe da nossa comunidade através do link!
Apesar da pressão dos Estados Unidos, ainda que sejam um dos principais mercados globais, a China tem buscado ampliar parcerias e diversificar seus destinos comerciais. Em setembro de 2025, as exportações chinesas cresceram 8,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior, somando US$ 328,6 bilhões, o maior volume em sete meses e acima das expectativas de alta de 6%.
Daoud ressaltou, contudo, que a política de Donald Trump revela a dependência dos Estados Unidos da produção estrangeira. Com 70% de seu PIB de US$ 30 trilhões voltado ao consumo, o país não dispõe de mão de obra nem de matérias-primas, como as terras raras.
“Trump quer reverter um modelo de décadas, mas pode acabar provocando inflação e desequilíbrios financeiros”, avaliou. Para o analista, essa política não fortalece, mas enfraquece os Estados Unidos, enquanto o mercado global segue se reorganizando, com China e Brasil ampliando suas oportunidades.
O post Tensões comerciais fazem China se reinventar e EUA sentem impacto, aponta analista apareceu primeiro em Canal Rural.