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Técnicas de mindfulness para reduzir o estresse e aumentar o bem-estar no dia a dia
Um silêncio profundo tomou conta do Brasil nesta terça-feira (28), quando a notícia da morte de Marina Colasanti, uma das figuras mais emblemáticas da literatura nacional, ecoou em toda a nação. Aos 87 anos, ela partiu, deixando um legado imensurável de palavras e histórias que tocaram o coração de diversas gerações. Sua ausência é sentida, não apenas na literatura, mas na alma de um país que aprendeu a sonhar através de suas páginas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um gesto de respeito e admiração, expressou publicamente seu pesar. Em suas redes sociais, destacou a riqueza da obra de Colasanti, que se estendeu por contos, poesias, crônicas e livros infanto-juvenis. Palavras que não apenas entretinham, mas também ofereciam uma visão da realidade brasileira e universos que inspiraram a imaginação de muitos.
Marina, que nasceu em Asmara, na Eritreia, em 1937, atravessou continentes em sua juventude, vivendo momentos marcantes na Itália e na Líbia, até chegar ao Brasil aos 11 anos. O Rio de Janeiro se tornou seu lar, e ali, entre as ladeiras da cidade e o calor humano dos cariocas, ela encontrou sua verdadeira voz literária. Desde sua estreia em 1968, Marina não parou mais; seus mais de 70 livros desafiaram o tempo e se tornaram faróis de conhecimento e sensibilidade.
Suas palavras não apenas contaram histórias, mas também por vezes se tornaram um escudo, uma defesa contra as mazelas da sociedade, uma forma de dar voz aos sem voz. Ela não era apenas uma escritora; era uma tradutora da experiência humana, uma artista plástica que também pincelava o mundo ao seu redor com a tinta da empatia e da reflexão.
Com uma carreira repleta de prêmios, incluindo o Jabuti, em que foi laureada sete vezes, Marina Colasanti se consolidou como uma das mais importantes autoras da literatura contemporânea. Sua versatilidade a permitiu transitar entre diferentes gêneros e estabelecer diálogos com leitores de todas as idades, suas obras oferecendo não apenas entretenimento, mas também ponderação sobre a vida e suas complexidades.
Ao deixar este mundo, Colasanti deixou um rastro de admiradores e uma família que se despede com saudade. Suas filhas, Fabiana e Alessandra, são agora as guardiãs de um legado que educou e encantou, que iluminou os caminhos de muitos. No dia em que o Brasil perdeu sua ‘múltipla artista’, restaram as memórias de suas histórias, a ressonância de seus contos e a certeza de que sua voz, embora silenciada, continuará a ecoar nas páginas que nos deixou.
Sem dúvida, um dia triste para a literatura, mas também um momento de celebração da vida de uma mulher que, através de suas criações, nos ensinou que as palavras têm o poder de modificar o mundo. E assim, Marina Colasanti se despede, mas suas histórias permanecem vivas, eternas, nos corações daqueles que se permitiram conhecer a magia que ela criou.
