Tarcísio ‘coordenou’ para que manifestações não tivessem cartazes sobre STF, diz Nunes em defesa do aliado

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, saiu em defesa do aliado, Tarcísio de Freitas, quando questionado sobre o discurso do governador do Estado nas manifestações do último domingo (7). Em agenda pública nesta quinta (11), Nunes destacou o bom diálogo de Tarcísio com os ministros da Corte e disse que o chefe do Executivo paulista, em atos anteriores, “coordenou muito” para evitar cartazes contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

“Ele foi um dos que mais vem dialogando com os ministros do Supremo. Ele tem conversado com todo mundo, pedindo pacificação, foi um dos que, nas manifestações anteriores, coordenou muito para que não tivesse nenhum cartaz sobre STF, sobre ministros. Eu acho que o que ele se sentiu foi, de tanta luta, de tanta conversa, de tanto tentar, e as coisas foram só pressionando”, declarou.

Nunes foi questionado sobre o assunto após defender, mais uma vez, pacificação e votos “amáveis” dos ministros no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Tarcísio era conhecido por ter uma postura mais moderada e até amigável com a Corte, visão que foi prejudicada no último domingo, após chamar Alexandre de Moraes de “tirano” e questionar o julgamento.

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Na quarta-feira (10), também em fala sobre as manifestações, Nunes chegou a dizer que é contra o hasteamento de bandeiras dos Estados Unidos nos atos, mas que “respeita outras opiniões”.

Anistia

Sobre anistia, Nunes destacou que “não é justo” que o projeto de lei não entre em pauta na Câmara dos Deputados, mas preferiu não se comprometer. “Os deputados têm a sua prerrogativa, eu acho que não pode não pautar, eu acho que não pautar não é correto, não é justo, você tem que dar oportunidade para os deputados, dentro da sua maioria construída para a votação, definir. Eu prefiro não opinar de um lado ou de outro, porque o que eu tenho de opinião convicta é de que não é justo sequer pautar. O que não pode é você não permitir que as pessoas tenham o direito de exercer o seu voto”, afirmou.

Na semana passada, em entrevista à coluna, no entanto, ele chegou a dizer que trabalharia com o partido dele, o MDB, em prol da aprovação do texto.