Relator da CPMI que apura fraudes na Previdência comemora prisão de ‘Careca do INSS’

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS comemorou a prisão de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e do empresário Maurício Camisotti. Ambos foram detidos durante uma operação da Polícia Federal que investiga descontos indevidos em aposentadorias e pensões. O deputado federal Alfredo Gaspar, relator da CPMI, destacou a importância dessas prisões, que foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, a pedido do parlamentar. Gaspar enfatizou que, apesar das críticas, a prisão era necessária para combater a impunidade e proteger os aposentados de fraudes.

A defesa dos envolvidos rapidamente se manifestou. O advogado Nelson Williams, que representa Antônio Carlos Camilo Antunes, afirmou que está colaborando com as autoridades e confia na comprovação da inocência de seu cliente. Williams destacou que sua relação com Antunes é estritamente profissional e legal. Por outro lado, a defesa de Maurício Camisotti criticou a ação policial, alegando arbitrariedade e violação de garantias constitucionais, especialmente quando o celular de Camisotti foi apreendido enquanto ele falava com seu advogado. Camisotti é apontado como sócio oculto no esquema criminoso.

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As investigações revelaram que o “Careca do INSS” é sócio de 22 empresas, algumas das quais foram usadas para repassar valores de entidades associativas a agentes públicos. Estima-se que mais de R$ 50 milhões tenham sido desviados. Apesar de declarar uma renda mensal de R$ 24.458, Antunes possui um patrimônio entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões, o que levanta suspeitas sobre a origem de seus bens. A CPMI busca aprofundar as investigações para esclarecer como o esquema foi possível e responsabilizar todos os envolvidos.

Com informações de André Anelli

*Reportagem produzida com auxílio de IA