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Presidente do Irã aprova lei que suspende cooperação com a AIEA

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Medida da República Islâmica ocorre em meio à crescente tensão com a Agência Internacional de Energia Atômica após a ofensiva israelense contra o programa nuclear iraniano, à qual se seguiram ataques dos EUA

Presidência do Irã/AFP
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, aprovou nesta quarta-feira (2) uma lei que suspende a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), segundo informou a emissora de TV oficial iraniana “Press TV”. De acordo com a nova legislação, os inspetores da AIEA não terão permissão para entrar no Irã a menos que a segurança das instalações nucleares do país e das “atividades nucleares pacíficas” do regime seja garantida, e essa entrada estará sujeita à “aprovação do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã”, detalhou a emissora.

Na semana passada, o Conselho de Guardiões do Irã já havia validado um plano para suspender a cooperação com a AIEA, o que implica proibir a entrada da agência no Irã e expulsar todos os seus inspetores. A medida da República Islâmica ocorre em meio à crescente tensão entre Irã e AIEA após a ofensiva israelense iniciada em 13 de junho contra o programa nuclear iraniano, à qual se seguiram ataques dos Estados Unidos contra instalações em Fordow, Natanz e Isfahan.

Teerã reprova a AIEA, e em especial seu diretor-geral, o argentino Rafael Grossi, por não ter condenado esses ataques, que — segundo o Irã — violam o Tratado de Não Proliferação (TNP) e o direito internacional. Por essa razão, o Irã também “está considerando” proibir a entrada de Grossi no país, já que o diretor-geral tem sido criticado reiteradamente pelo país por seus relatórios com “motivações políticas”, que, segundo Teerã, foram usados como “pretextos” para justificar a ofensiva israelense.

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Grossi reconheceu, em entrevista à emissora francesa “RFI”, que há “uma certa tensão” nas relações entre AIEA e Irã, onde “há vozes políticas” que consideram que esta agência da ONU “não foi imparcial” porque não condenou os ataques israelenses. O diretor-geral da AIEA relatou que, após o cessar das hostilidades, escreveu ao ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, dizendo que precisavam se sentar à mesa e se ofereceu para viajar ao Irã imediatamente para retomar as inspeções, mas não recebeu resposta.

*Com informações da EFE





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