O presidente de Israel, Isaac Herzog, afirmou nesta segunda-feira (6) em entrevista exclusiva à Jovem Pan News que o retorno dos reféns detidos pelo Hamas é o “chave para mudar o destino desta região”, pois possibilitaria um processo de paz. Herzog demonstrou otimismo com as negociações em curso. O presidente confirmou que equipes de Israel e representantes do Hamas se reuniriam no Cairo, Egito, no mesmo dia, para realizar negociações após a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de que o acordo “deveria acabar rapidamente”.
Futuro de Gaza e o “Plano Trump”
Questionado sobre o futuro de Gaza após o possível retorno dos reféns, Herzog disse que o “mundo livre precisa se levantar contra o extremismo da jihad islâmica”, pois a guerra envolve não apenas Israel, mas o mundo contra o extremismo. Ele endossou o plano do presidente Trump para a reconstrução de Gaza, que prevê que outra administração para o território palestino. Herzog comparou o esforço necessário a um “Plano Marshall” que deve oferecer paz, futuro e a inclusão de Israel na região, o que permitiria a conectividade de Israel a diversos continentes.
“Extremamente Decepcionado com o Brasil”
Herzog também expressou forte decepção com a postura do Brasil no conflito, afirmando que as relações “pioraram drasticamente” devido às decisões da liderança brasileira. “Estou extremamente decepcionado que as relações israelense-brasileiras… tenham se deteriorado devido à decisão do Brasil e de sua liderança,” declarou. Segundo ele, o Brasil deveria ter agido como “mediadores honestos” e “combatentes contra o terror”.
“No início da guerra, há dois anos, encontrei-me com o presidente Lula e tivemos uma discussão franca e aberta. Também conversamos algumas vezes desde então. As relações pioraram drasticamente e esperamos que mudem, porque sei que a grande maioria da população brasileira deseja boas relações e apoia muito Israel”, afirmou Herzog.
Para o presidente de Israel, o país optou, em várias ocasiões, por “apenas aceitar a narrativa Palestina-Hamas”, o que, segundo ele, o “decepcionou terrivelmente”. O presidente manifestou, no entanto, a esperança de que a situação mude, citando o desejo da maioria da população brasileira por boas relações com Israel.
*Com informações do Morning Show
*Reportagem produzida com auxílio de IA