A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (12) uma operação para desarticular o esquema de fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O principal alvo da ação, conhecido como “Careca do INSS”, foi preso preventivamente, acusado de ser o mentor e articulador de um grupo criminoso que causou um prejuízo estimado em milhões de reais aos cofres públicos. A operação, que mobilizou dezenas de agentes em diferentes estados, é resultado de uma investigação minuciosa que durou meses, revelando a complexidade das ramificações da organização.
As investigações da PF apontam que o grupo utilizava documentos falsos e dados de pessoas já falecidas para a concessão indevida de benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões. O “Careca do INSS” era o responsável por cooptar servidores públicos, despachantes e intermediários, que agiam em conjunto para burlar os sistemas de controle do INSS. A Polícia Federal destacou a audácia do esquema, que se valia de um profundo conhecimento das brechas da legislação e dos procedimentos internos da autarquia para operar com aparente impunidade.
Paralelamente, na última quinta-feira (11), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso que apura a cobrança ilegal de mensalidades associativas descontadas dos benefícios previdenciários a milhões de aposentados e pensionistas aprovou cerca de 400 pedidos de informações e de quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático de suspeitos de envolvimento na fraude bilionária. Entre os sigilos que serão quebrados, estão os dos empresários Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, e Maurício Camisoti, e o do ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto. Na semana passada, a CPMI já tinha aprovado os pedidos de prisão preventiva de Antunes, Camisoti, Stefanutto e de outros 18 investigados.
*Em atualização