Dono de hits como Happy, o cantor americano Pharrell Williams afirmou em um novo documentário que tem uma condição de saúde rara que o levou a ser músico: a sinestesia.
A sinestesia acontece quando um dos cinco sentidos da percepção humana acaba interferindo em outros. Ela ocorre pela ativação de regiões neurais que não deveriam ter sido convocadas, fazendo possível sentir cheiros ou gostos diferentes ao observar cores, por exemplo. A forma menos comum de sobreposição é a visual, como ocorre com Pharrell.
O músico afirma que é capaz de enxergar as cores das músicas e que elas o deixam hipnotizado desde que ele era criança. Ele afirma que isso afetou diretamente sua relação com a música e o fez ser quem é, graças à capacidade de combinar as diferentes cores de uma canção.
O que é a sinestesia?
Apenas uma a cada 2 mil pessoas da população mundial tem a condição e há gatilhos específicos para que ela ocorra: orgasmos e fortes emoções, pela quantidade de neurotransmissores que são liberados, costumam ser os principais responsáveis pelo fenômeno.
Existem 61 tipos de tipos sinestesia documentados: desde pessoas que sentem gosto de palavras a cheiros de som. O caso do cantor, porém, é mais incomum pelo fato de a sinestesia ser mais frequente em crianças pequenas (quando o cérebro não alcançou maturidade) e em pessoas com lesões cerebrais que prejudicaram a relação estímulo-resposta, segundo o Manual MSD.
Como muitos artistas relatam ter sensações similares à sinestesia, alguns neurocientistas consideram que a condição pode ter traços hereditários que levam às conexões inesperadas do cérebro.
O relato de Pharrell foi feito para o filme biográfico Piece by Piece, em que o cantor é interpretado por um boneco de Lego. A produção deve estrear nos Estados Unidos em 11 de outubro e, segundo o cantor revelou à imprensa internacional, é uma tentativa de demonstrar como ele vê o mundo.
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