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Esporte

Pênalti polêmico no último lance acaba com sonho da Palestina ir à Copa

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BARCELONA, ESPANHA (UOL/FOLHAPRESS) – O sonho da Palestina de disputar sua primeira Copa do Mundo terminou com requintes de crueldade. A seleção palestina vencia Omã até os 49 minutos do segundo tempo, pela terceira fase das Eliminatórias da Ásia, mas cedeu o empate por 1 a 1 em cobrança de pênalti.

A marcação da penalidade foi polêmica e os jogadores palestinos até esboçaram uma reclamação. Mas isso nada adiantou e com a derrota a Palestina está eliminada das eliminatórias.

Com o resultado, Omã chegou a 11 pontos ganhos, garantindo a quarta posição no Grupo B. A Palestina terminou com 10 pontos ganhos, em quinto lugar.

Assim, Omã e o Iraque, terceiro colocado, vão para a próxima fase. Coreia do Sul e Jordânia, líder e vice-líder da chave, já garantiram vagas diretas na Copa do Mundo.

A derrota da Palestina em circunstâncias tão dramáticas tem um significado ainda maior, já que o país está sob ataque do exército de Israel desde outubro de 2023, em um conflito que já matou mais de 57 mil pessoas, 54 mil delas na Faixa de Gaza, a maioria mulheres e crianças, segundo dados das autoridades locais.

A partida desta terça-feira era vista como um breve momento de esperança para um povo que tem sofrido os horrores da guerra de Israel contra o Hamas.
O jogo aconteceu em Amã, na Jordânia, a 95 km de Jerusalém, cidade que o Estado Palestino reclama como sua capital. A Faixa de Gaza -alvo dos ataques do exército israelense desde outubro de 2023, está a cerca de 150 km.

Antes mesmo do conflito mais recente, a Palestina não conseguia mandar seus jogos em casa devido às restrições de entradas, vistos e deslocamento na região. As relações conturbadas com Israel impedem que muitos possíveis adversários recebam permissão para entrar nos territórios palestinos.

Como há países no Oriente Médio que não reconhecem o Estado de Israel, a solução encontrada pela Fifa foi deslocar a seleção israelense para outras confederações: a equipe já disputou as Eliminatórias pela Oceania e atualmente participa das competições da Uefa, a confederação europeia.

A Palestina, por sua vez, foi reconhecida como seleção pela Fifa em 1998 e disputa as Eliminatórias Asiáticas desde 2002.

Vencedora do duelo dramático, a seleção de Omã representa um dos países que mais apoio tem dado à causa palestina. O governo do sultanato não mantém relações diplomáticas com Israel e afirma que não o fará até que os conflitos na Palestina sejam solucionados.

O duelo, decisivo para as duas equipes, foi marcado pela tensão dos jogadores, que cometeram muitos erros técnicos. O primeiro tempo praticamente não teve jogadas de perigo.

Na segunda etapa, a Palestina soube aproveitar a bola parada e abriu o marcador. Quando Omã parecia reagir, sobretudo com cruzamentos na área, ficou com um jogador a menos -Harib al Saadi foi expulso ao levar o segundo amarelo por repetição de faltas.

Nos minutos finais, a seleção palestina continuou criando chances para ampliar o placar e poder ter sacramentado a classificação, mas parou na falta de precisão de seus atacantes.

As falhas custaram caro. Nos acréscimos, Omã pressionou e teve oportunidades em sequência em cobranças de escanteio e chutes de fora da área. A Palestina resistia e a torcida no estádio em Amã, capital da Jordânia, já comemorava a vaga na fase seguinte.

Até que, num cruzamento desesperado para a área, no último lance do jogo, a arbitragem marcou um pênalti duvidoso. Os jogadores palestinos reclamaram, mas nada adiantou. O atacante Issam Al Sabhi converteu a cobrança e colocou a seleção omani na próxima fase.

A próxima fase terá seis seleções -as terceiras e quartas colocadas de seus grupos. Além de Omã e Iraque, estão na disputa Emirados Árabes, Qatar, Indonésia e Arábia Saudita. As seis equipes serão divididas em dois grupos de três. O vencedor de cada grupo se classifica para a Copa do Mundo, enquanto os segundos colocados vão para a repescagem, onde se enfrentam. Quem levar a melhor no duelo, disputará a repescagem mundial, com equipes de outros continentes, valendo duas vagas.



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