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Pai do ChatGPT admite que precisará de grande fatia da energia mundial
CEO revela ambição energética da IA durante conferência da AMD, em meio a alertas sobre consumo crescente de eletricidade e impactos ambientais

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Durante uma conferência de inteligência artificial da AMD, o CEO da OpenAI, Sam Altman, fez uma revelação polêmica: afirmou que, futuramente, uma “fração significativa” da eletricidade mundial poderá ser necessária para sustentar o funcionamento de modelos de IA como os da sua empresa.
A declaração veio após a CEO da AMD, Lisa Su, mencionar recentes interrupções do ChatGPT e questionar se algum dia haverá GPUs suficientes para suprir a demanda.
A OpenAI ainda não esclareceu as causas da interrupção ocorrida em junho, mas a falta de poder computacional é uma hipótese forte. Isso, pois Altman já havia admitido anteriormente que a empresa ficou sem GPUs, os chips de alto desempenho essenciais para treinar grandes modelos de linguagem.

IA sobrecarrega um setor que já tinha problemas
- A fala de Altman — especialmente dita a uma fornecedora da qual a OpenAI é cliente — escancarou uma realidade que poucos no setor parecem dispostos a encarar: o enorme custo ambiental da IA.
- A geração de energia, em grande parte ainda baseada em combustíveis fósseis, já pressiona o planeta.
- Adicionar a IA à equação agrava esse cenário.

Consumo de energia do ChatGPT é motivo de atenção
Mesmo ao tentar amenizar a questão em um post recente, explicando que uma consulta no ChatGPT consome apenas 0,34 watt-hora, estudos apontam um impacto muito maior.
Segundo uma pesquisa da Universidade da Califórnia, o ChatGPT consome quase 40 milhões de quilowatts por dia — energia suficiente para abastecer o Empire State Building por 18 meses. E isso sem contar outros sistemas de IA.


Colaboração para o Olhar Digital
Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.
