Agronegócio
o que esperar do tempo no Brasil em junho
Junho de 2025 será marcado por maior número de dias frios no Centro-Sul do Brasil, intensificação da seca no interior e episódios de chuva volumosa na costa do Nordeste.
De acordo com a Climatempo, o mês terá dois eventos de frio intenso: um na primeira semana e outro na última, com aumento do risco de geada em relação ao mesmo período do ano passado.
Veja em primeira mão tudo sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no Google News!
Frio mais frequente e chance maior de geada
Com o solstício de inverno previsto para 20 de junho, às 23h42 (horário de Brasília), as noites mais longas e a redução da radiação solar favorecem o resfriamento noturno. A tendência é de temperaturas abaixo da média em áreas da região Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Eventos de geada serão mais comuns, inclusive com risco de neve nos pontos mais altos do Sul. A formação de nevoeiros nas manhãs também exigirá atenção redobrada em estradas e aeroportos dessas regiões. No Sudeste e Centro-Oeste, o fenômeno da perda radiativa — típico de noites com céu limpo — também contribui para o resfriamento.
Apesar do avanço das massas de ar frio, grande parte do Brasil deverá registrar temperaturas acima da média para a época. No Distrito Federal, Mato Grosso, Goiás, norte de Minas Gerais, oeste da Bahia e sul do Piauí, os termômetros podem marcar valores bem elevados.
A combinação de baixa nebulosidade e escassez de chuva favorece tardes quentes e madrugadas mais amenas.
Seca avança no interior do país
Junho marca o período seco no Sudeste, Centro-Oeste, interior do Nordeste, Tocantins, sul do Pará e norte do Paraná. A previsão é de baixos volumes de chuva nessas regiões, com tendência de dias consecutivos sem precipitação. Quando ocorrem, as chuvas tendem a se concentrar em poucos dias e estão associadas à passagem de frentes frias.
Além disso, a baixa umidade relativa do ar — frequentemente entre 20% e 30% — será uma característica dominante no interior, com impacto direto na saúde e nas atividades agrícolas.
Junho tem chuva forte no litoral do Nordeste
A costa leste do Nordeste continua sob influência da umidade marítima e da passagem de frentes frias. Entre Salvador e Natal, estão previstos vários episódios de chuva forte, principalmente entre Aracaju e Natal, onde ondas de leste podem provocar acumulados expressivos.
Na Bahia, especialmente no litoral sul, a combinação entre frente fria e circulação oceânica deve provocar dias seguidos com chuva volumosa, com impactos para a população urbana e atividades no campo.
O extremo norte do Brasil — incluindo Roraima, Amapá, norte do Amazonas, Maranhão e Pará — ainda deve registrar eventos de chuva forte, mas com menor frequência em comparação aos meses anteriores. A tendência é de redução dos volumes totais, com o afastamento gradual da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).
Nas demais áreas do Norte, como Acre, Rondônia, Tocantins e sul do Amazonas, o tempo seco e as altas temperaturas devem predominar, mantendo restrições para o desenvolvimento de culturas como o milho segunda safra.

Fenômenos típicos de junho
O mês será caracterizado pela atuação de frentes frias principalmente na região Sul e, em menor escala, no Sudeste e Centro-Oeste. As frentes frias de origem continental poderão avançar até o Norte e parte do Nordeste, espalhando o ar frio sobre áreas mais amplas.
Outro destaque de junho será a grande amplitude térmica diária, com variações superiores a 15 ºC entre a mínima e a máxima em diversas regiões.
