O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reafirmou na última quinta-feira (11) sua posição contrária à criação de um Estado palestino. Esta declaração surge em um momento crítico, antecedendo a Assembleia Geral das Nações Unidas, que está marcada para a próxima semana. Netanyahu enfatizou que nunca haverá um Estado palestino, referindo-se às operações militares e ocupações nos territórios palestinos, como a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. A ocupação desses territórios é considerada ilegal pelas resoluções da ONU e pelo direito internacional. No entanto, Netanyahu argumenta que é necessário proteger Israel e que, historicamente, esses territórios pertencem aos judeus, não reconhecendo, portanto, a possibilidade de um novo Estado palestino.
A questão da criação de um Estado palestino será um dos principais temas da Assembleia Geral da ONU. Várias nações ocidentais, incluindo França, Espanha, Austrália e Reino Unido, estão prontas para reconhecer oficialmente a Palestina como um país soberano. Essa posição aumenta a pressão diplomática sobre Israel, que se vê em uma situação delicada no cenário internacional. No entanto, a perspectiva de um cessar-fogo parece distante, com Israel mantendo sua postura firme contra a paralisação do conflito, especialmente enquanto se aproxima dos últimos bastiões do Hamas no norte da Faixa de Gaza.
Os esforços de mediação por parte dos Estados Unidos, Qatar e Egito estão atualmente paralisados. Essa estagnação nas negociações foi agravada por um ataque israelense à liderança do Hamas em Doha, que levou o Qatar a reconsiderar sua posição nas negociações. A guerra, que em breve completará dois anos, continua a causar sofrimento tanto para israelenses quanto para palestinos, com potencial para redefinir a geopolítica do Oriente Médio. A falta de progresso nas negociações de paz e a contínua violência na região são preocupações constantes para a comunidade internacional.
*Com informações de Luca Bassani
*Reportagem produzida com auxílio de IA