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“Não vou interferir”, diz Nunes sobre atrito de Bolsonaro e Malafaia
São Paulo — O prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição na capital, optou, nesta quarta-feira (9/10), por manter-se distante da briga entre Silas Malafaia e Jair Bolsonaro, motivada por críticas do pastor sobre o comportamento do ex-presidente em relação ao apoio dado ao prefeito contra o influenciador Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno das eleições deste ano.
Durante uma entrevista coletiva após uma caminhada no Jardim São Luís, bairro da zona sul da cidade, ao ser questionado de que lado ele estava no atrito entre os dois, ele se esquivou.
“São amigos há muitos e muitos anos, eu não vou me interferir na briga de ninguém. Não é briga, ali foi divergência de pensamentos, os dois são amigos há tantos anos. O próprio presidente Bolsonaro e os filhos entenderam que ali foi um momento de calor de campanha. Então, é uma coisa que os dois já se acertaram e bola para frente. O importante é que está todo mundo agora no 15 para a gente poder ganhar da extrema esquerda aqui”, disse.
Bolsonaro deu apoio formal a Nunes durante o primeiro turno da eleição, mas ficou distante do prefeito: não gravou propaganda para seu horário eleitoral, não participou de caminhadas ou eventos de campanha e só compareceu por meio de videochamadas feitas durante eventos — alguns deles sem combinar previamente.
Na reta final da votação, ele fez uma live pedindo votos para o vice de Nunes, Coronel Mello Araújo (PL), nome indicado por Bolsonaro. No dia da eleição, ele disse que o importante era votar contra Boulos.
Durante a caminhada desta quarta, Mello Araújo, que estava ao lado de Nunes, disse que conversou com Bolsonaro na madrugada de terça-feira e que o ex-presidente havia pedido que o prefeito o procurasse para agendar um evento de campanha para o segundo turno. Nunes não disse quando fará o contato.
