Ministros do governo Lula criticaram neste domingo (27) o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) por ter afirmado que a inteligência interceptou mensagens do Primeiro Comando da Capital (PCC) incentivando votos no candidato Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo. Tarcísio não apresentou provas ou se aprofundou sobre o assunto. O ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias, disse que a declaração do governador do Estado “compromete os princípios republicanos”. Segundo ele, as “autoridades competentes” não podem ignorar o movimento de Tarcísio. O governador de São Paulo disse mais cedo a jornalistas, durante o horário de votação, que houve “um salve” da facção para votar “no outro [em Boulos]”.
“A declaração do governador Tarcísio em relação a Boulos compromete os princípios republicanos que deveriam guiar o processo eleitoral. Tal comportamento não pode ser ignorado pelas autoridades competentes, principalmente no que tange à preservação da integridade das eleições”, disse Messias em seu perfil no X (antigo Twitter). O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, também condenou a declaração. Em postagem também no X, disse que a declaração era “uma vergonha” e cobrou que o caso seja investigado. “A declaração do governador Tarcísio é uma vergonha. Mostra o desprezo aos princípios republicanos que ele deveria respeitar.
Esse comportamento não pode ser ignorado pelas autoridades. Tarcísio de forma covarde cometeu um crime e deve ser responsabilizado por isso. Guilherme Boulos é vítima do preconceito, da injustiça e do abuso de poder”, escreveu o ministro. Antes, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também criticou Tarcísio de Freitas. Chamou a declaração do governador de “maior fake news” da eleição. Boulos decidiu pedir uma investigação judicial eleitoral por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação social depois da fala do governador.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Matheus Lopes