O doutor Márcio Tannure falou abertamente sobre o controverso teste de doping realizado pelo atacante do Cruzeiro atualmente o Gabigol, que o afastou dos campos por vários meses no ano passado. Naquele período, o profissional ocupava o cargo de chefe do Departamento Médico do Flamengo e monitorou de perto o procedimento de coleta. Segundo ele, os profissionais do controle de dopagem agiram de má-fé.
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Na conversa com o podcast “Charla Podcast”, o Tannure revelou a sequência dos acontecimentos daquele dia. Ele relatou que Gabigol realmente chegou mais cedo ao Ninho do Urubu e, por isso, começou as atividades antes da avaliação. Como consequência, não foi possível realizar o exame imediatamente.
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O cenário teria provocado desgaste para ambos os lados. No entanto, o ex-diretor do Departamento Médico do Flamengo foi categórico ao declarar que não ocorreu fraude na coleta.
– É uma grande injustiça. Eu estava lá, sou testemunha no caso. O Gabigol em nenhum momento tentou fraudar o resultado. Isso nunca aconteceu. Lógico, que talvez ele não foi a pessoa mais educada. Tem dias que não é seu dia. Estamos lidando com um ser humano. O Gabriel tem os seus problemas, mas essa punição foi uma das maiores injustiças que já fizeram com ele – iniciou o médico, antes de explicar como funciona o exame.
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– Como funciona. Existem dois tipos de exames de doping, o de sangue e o de urina. Existem regras para fazer cada um. Naquele dia, o Gabi chegou 30 minutos antes do treino, o que era algo comum dele. Então, quando pediram para examiná-lo, não era mais possível. Aí, ele precisaria esperar após as atividades. E isso, claro, o deixou descontente né. Mas ele fez o teste. Acredito que foi algo pessoal – concluiu.