São Paulo – O Ministro de Relações Institucionais Alexandre Padilha (PT) disse que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) deixou uma “mancha” no segundo turno da eleição em São Paulo ao associar o candidato Guilherme Boulos (PSol) a um suposto “salve” do Primeiro Comando da Capital (PCC) sem apresentar provas.
“Se tem uma mancha no primeiro turno, que foi o laudo falso de um outro adversário de Guilherme Boulos, a mancha nesse segundo turno é o crime eleitoral de abuso político cometido pelo governador hoje pela manhã”, disse Padilha.
Em entrevista a jornalistas neste domingo (27/10), o ministro chamou de “criminosa” a declaração de Tarcísio e disse que nunca viu um governador de São Paulo tentar influenciar um resultado eleitoral como fez o político.
“Nunca vi uma ação criminosa tão grave de crime eleitoral, de abuso de poder econômico como o cometido pelo governador de São Paulo no dia de hoje. Ele repetiu o laudo falso do primeiro turno, do outro adversário do nosso candidato Guilherme Boulos, usando do poder que tem, político, de ser o chefe da Polícia Militar, de ser o chefe do sistema penitenciário no nosso estado, ser o chefe da Polícia Civil, ou seja, o chefe de todos os instrumentos de inteligência, propagando uma mentira”.
O ministro disse ainda que o político se quer compartilhou a suposta informação com os órgãos responsáveis por apurar o caso.
“Tanto é mentira que ele não fez o que deveria ter feito, caso fosse verdade, que era encaminhar qualquer informação como essa ao Tribunal Regional Eleitoral [TRE] e à operação compartilhada que existe de inteligência com coordenada pelo Ministério da Justiça”, afirmou. “Foi abuso do poder político, crime eleitoral, que precisa ser apurado pelos órgãos competentes. Tem que se chamar o VAR”.
Padilha elogiou a campanha feita por Boulos e disse que ele conseguiu ter “uma virada nessa reta final muito importante”.