Jeffinho pede passagem no Botafogo – e com razão

Jeffinho não pode ser só mais um no elenco do Botafogo. Contra o modesto Capital-DF pela Copa do Brasil, ele voltou a ser titular e lembrou por que parte da torcida tanto pede sua presença em campo, apesar das polêmicas e rumores de sua vida de balada fora do campo. Rápido, insinuante, dono do melhor “um contra um” do time. É simples: ninguém tem as mesmas características no elenco. E, por isso, precisa jogar mais.

A escalação foi surpresa. Allan reapareceu como titular depois de meses fora. Rwan Cruz, ainda em adaptação, também começou jogando. E Jeffinho, que se recuperava de lesão muscular, enfim teve sua chance. Foi dele o passe para o lance que originou o pênalti, convertido por Alex Telles. Mas não foi só isso. Ele tentou, driblou, buscou o jogo. Deu uma cara diferente ao ataque.

Atuando pela esquerda e partindo para o centro, o camisa 47 infernizou a defesa adversária com seus dribles e velocidade. O atacante mostrou estar recuperado e pronto para brigar por mais espaço em um setor que ainda busca soluções consistentes.

Fica a pergunta: por que Jeffinho está atrás de nomes como Elias Manoel na fila?

Não faz sentido. Jeffinho tem bastante qualidade. Muita. Precisa de mais minutos em campo. Precisa de confiança.

Alex Telles disse tudo após o jogo:

“Jeffinho é um cara que eu converso muito. A qualidade que ele tem, o drible, a velocidade… é um jogador praticamente único no nosso elenco. Ele precisa de confiança, precisa de minutos. A torcida cobra porque sabe do que ele é capaz. Tenho certeza de que ainda vai nos dar muita alegria.”

É isso. Jogador que desequilibra tem que ter liberdade pra tentar. E sequência pra crescer.

Renato Paiva fala tanto em ideias e planos táticos. Pois aqui está um: colocar Jeffinho para jogar mais. Porque quem tem diferencial, joga. E ele tem.