Brasil e Mundo
Irã cogita fechar Estreito de Ormuz em caso de apoio dos EUA a Israel
A importância reside em sua função como principal rota de escoamento para uma vasta quantidade de petróleo e gás natural liquefeito (GNL). Por essa passagem, transitam diariamente cerca de 20 milhões de barris de petróleo, o que representa aproximadamente 20% do consumo global de líquidos petrolíferos e até 30% do comércio mundial de petróleo. Além disso, cerca de 20% do comércio global de GNL também depende dessa rota crucial.
Os países produtores do Golfo Pérsico, como Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Iraque e Catar (maior exportador mundial de GNL), dependem maciçamente do Estreito de Ormuz para exportar suas riquezas energéticas. Em contrapartida, os principais destinos desse fluxo são as grandes potências asiáticas, como China, Índia, Japão e Coreia do Sul, que, juntas, respondem por quase 70% de todo o petróleo e condensado que atravessa o estreito.
A relevância de Ormuz é amplificada pela quase inexistência de rotas alternativas economicamente viáveis. Embora existam oleodutos na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos que poderiam desviar parte do volume de petróleo (com uma capacidade combinada de até 2,6 milhões de barris por dia), essa capacidade representa apenas uma fração do que normalmente transita pelo estreito. Isso torna qualquer instabilidade na região um fator de extrema preocupação para os mercados globais.
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Um bloqueio ou interrupção significativa do tráfego no Estreito de Ormuz pode produzir consequências devastadoras para a economia mundial, com possibilidade de uma disparada nos preços do petróleo, que poderiam atingir patamares históricos. Tal cenário geraria uma pressão inflacionária global, impactando diretamente os custos industriais, os transportes e podendo levar a uma retração econômica em diversos países, especialmente aqueles altamente dependentes das importações de energia do Oriente Médio.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Felipe Dantas
