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Fogo que queima em cratera há mais de 50 anos perde força
As chamas são alimentadas por ricos depósitos de gás natural, mas a intensidade do fogo diminuiu significativamente
Localizada no norte do Turcomenistão, na Ásia Central, a Cratera de Darvaza tem 69 metros de largura e 30 metros de profundidade. Ela é conhecida como “Porta do Inferno” e se tornou um importante destino turístico.
O local recebeu este nome pelo fato de queimar de forma contínua há mais de 50 anos. As chamas são alimentadas pelos ricos depósitos de gás natural da área. No entanto, o governo do país anunciou que a intensidade do fogo diminuiu significativamente.

- De acordo com as autoridades do Turcomenistão, as chamas foram reduzidas em três vezes.
- Elas ainda afirmam que hoje resta apenas uma fraca fonte de combustão.
- Isso foi possível após numerosos poços serem perfurados na região.
- O objetivo era capturar o metano e reduzir o incêndio como parte de um projeto para diminuir os impactos provocados pelas mudanças climáticas.
- O país da Ásia Central é um dos países mais fechados do mundo e possui a quarta maior reserva de gás do mundo.
- Ele também é o maior emissor mundial de metano por meio de vazamentos de gás, de acordo com a Agência Internacional de Energia.
- As informações são do Science Alert.

História da formação da “Porta do Inferno” é motivo de discussão
O que levou à formação da cratera é motivo de dúvidas até hoje. Segundo a teoria mais difundida, em 1971, geólogos soviéticos estavam perfurando o deserto de Karakum com o objetivo de encontrar petróleo, quando se depararam com uma reserva de gás natural que fez com que a terra desmoronasse, formando três grandes sumidouros.
Para evitar que o metano fosse liberado na atmosfera, eles atearam fogo em um destes sumidouros, pensando que ele iria queimar totalmente em questão de semanas. As chamas, no entanto, seguem até hoje.

Outra história aponta que a enorme cratera teria se formado na década de 1960 e começado a queimar cerca de 20 anos mais tarde. Há, inclusive, controvérsias sobre se ela foi incendiada acidentalmente, como pela queda de um raio, ou se foi algo intencional.
Por fim, há quem defenda que o local foi originado após o uso da técnica de “flaring“, comum na extração de gás natural, em que os excedentes são queimados intencionalmente por economia e segurança.

Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.
