InícioGeralFazer pausas durante o cardio ajuda a queimar calorias, sugere estudo

Fazer pausas durante o cardio ajuda a queimar calorias, sugere estudo

Fazer pequenos treinos que aumentem a frequência cardíaca, mesmo que durem apenas 30 segundos, já é de grande ajuda para o organismo. Não é preciso dar tudo de si na esteira de uma vez: um estudo publicado na quarta-feira (16/10) na revista científica Proceedings of the Royal Society B sugere que fazer várias pausas durante o cardio pode levar a um gasto energético mais intenso do que se imaginava.

A pesquisa feita por fisiopatologistas da Universidade de Milão, na Itália, revelou que os exercícios de cardio de baixa intensidade curtos são mais eficientes na queima de caloria do que os longos — ou seja, é melhor caminhar um pouco, parar e começar de novo.

Geralmente, nos primeiros minutos que passamos na esteira antes de ficarmos ofegantes, o nosso metabolismo está se adaptando para uma jornada de exercício mais intensa. Com essa virada de chave, o corpo passa a funcionar de forma mais eficiente, mas, como consequência, gasta menos energia proporcional. Por isso, o ideal seria se manter na primeira fase do exercício.

A pesquisa foi feita com dez voluntários de 27 anos que fizeram sessões intensas de exercício em um aparelho que simula a subida em uma escada e esteira. Cada participante fez os dois exercícios em cinco intervalos de tempo: 10, 30, 60, 90 e 240 segundos. Todos tiveram seu gasto de oxigênio medido antes, durante e depois das práticas para medir a eficácia do treino.

“Nossas descobertas mostram que a captação média de oxigênio e o custo metabólico são maiores em sessões mais curtas do que em sessões mais longas”, relatam os pesquisadores no artigo.

Vale a pena continuar com os treinos longos?

A equipe não sugere, entretanto, que a meia hora na esteira seja substituída por 30 segundos. O texto aponta que há um gasto energético maior do que o esperado em treinos extremamente curtos, mas não seria sustentável executar uma rotina estacionária para pessoas com corpos saudáveis a longo prazo.

Os investigadores acreditam que, se confirmada em grupos maiores, a descoberta pode ajudar pessoas em condições frágeis de saúde, como pacientes com transtornos alimentares graves ou que foram vítimas de derrames, a retomarem suas rotinas de exercícios.

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