
A plantação de milho 2ª safra está quase concluída no estado do Paraná, restando apenas pequenas áreas isoladas que sofreram com a falta ou escassez de chuvas, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral).
Existem situações em que alguns produtores estão arriscando e plantando no pó, enquanto outros estão aguardando melhores condições de umidade para realizar o plantio. Nas regiões onde as chuvas foram adequadas, a recuperação das lavouras é promissora, porém técnicos já alertam para perdas pontuais. Em contrapartida, nas áreas com baixa precipitação, as perdas são significativas.

Milho sofre com o calor e falta de chuva
Em função da falta de chuva e das altas temperaturas dos últimos dias, houve prejuízo considerável no processo de germinação em muitas áreas, o que resultará em uma redução no estande e, consequentemente, em uma diminuição das produtividades, que será reavaliada ao longo da safra, informa o Deral.
Decreto de emergência
Diante do cenário, alguns municípios da regional de Toledo no oeste paranaense avaliam a possibilidade de decretar estado de emergência. A perda do potencial produtivo se tornará ainda mais evidente caso as chuvas previstas para os próximos dias não se concretizem.
Segundo o Deral, há relatos de infestação moderada de cigarrinha, além de grande presença de pulgões. As aplicações foram reduzidas nos últimos dias devido ao estresse hídrico e térmico.
Muita chuva impede colheita da soja
Em Mato Grosso do Sul as tempestades atrapalham a colheita da soja. As regiões sudeste, centro, sudoeste, sul-fronteira e sul apresentam condições abaixo do potencial das demais regiões. Nestas áreas, há lavouras com até 48,1% em condições ruins. As condições regulares variam entre 18,6% e 48,3%, e as boas condições estão entre 19,5% e 52,2%. O estádio fenológico nestas regiões está entre R6 e R8.
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Apesar disso, segundo informações do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS), até o dia 21 de março, a colheita de soja para a safra 2024/2025 alcançou 86,6% da área total, no estado. A estimativa é que a safra seja 6,8% maior em relação ao ciclo passado (2023/2024), atingindo uma área de 4,501 milhões de hectares.

Após a amostragem de 10,7% da área, novos dados indicaram uma produtividade de 54,4 sacas por hectare, um aumento de 11,4% em comparação ao ciclo passado. Isso gera uma expectativa de produção de 14,686 milhões de toneladas, um aumento de 18,9% em relação à produção anterior (2023/2024). A porcentagem de área colhida na safra 2024/2025, encontra-se inferior em 0,7 pontos percentuais em relação à safra 2023/2024, para a data de 21 de março.
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