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Brasil e Mundo

Estudo inova com genes de bactérias da Amazônia para novos medicamentos

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Pesquisadores estão realizando um estudo inovador com amostras de solo da Amazônia em um laboratório localizado em Campinas. Utilizando o acelerador Sirius, o objetivo é desvendar os genes das bactérias presentes nas amostras e as substâncias que elas produzem. A pesquisa, que busca identificar compostos com potencial antibiótico e antitumoral, é fruto de uma colaboração entre o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e a Universidade Federal do Pará (UFPA). As amostras foram coletadas no Parque Estadual do Utinga, onde três espécies bacterianas foram isoladas para análise. O sequenciamento genético, realizado com tecnologia avançada, possibilitou a identificação de genes responsáveis pela produção de enzimas e moléculas complexas, muitas das quais ainda não eram conhecidas. Essas moléculas são fundamentais para a criação de novos medicamentos, considerando que mais de 66% dos fármacos têm origem em metabólitos naturais.

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A pesquisa ressalta a relevância da biodiversidade amazônica, que abriga uma vasta gama de bactérias e produtos naturais ainda não explorados. Os cientistas estão aplicando técnicas sofisticadas para induzir bactérias comuns a gerar substâncias de interesse, permitindo a realização de até 10 mil testes em um único dia, o que acelera o processo de descoberta. Os investimentos em pesquisas na Amazônia nesta década somam cerca de R$ 500 milhões, com a intenção de promover a valorização econômica do bioma. O foco é desenvolver novos medicamentos que possam tratar infecções e tumores, com a expectativa de um retorno significativo para a saúde pública. As próximas etapas da pesquisa se concentrarão na região amazônica oriental, com o intuito de descobrir novas moléculas e aprofundar o entendimento do ecossistema local.

Esse projeto faz parte de uma iniciativa mais ampla para estabelecer um centro de pesquisa multiusuário na UFPA, que será apoiado por projetos nacionais voltados para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. A colaboração entre instituições é essencial para potencializar os resultados e garantir que a riqueza biológica da região seja utilizada de forma responsável e inovadora.

publicado por Patrícia Costa

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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