A seleção brasileira já está classificada para a Copa de 2026, mas ainda faltam duas rodadas para o término das Eliminatórias. A equipe de Carlo Ancelotti enfrenta o Chile, em 4 de setembro, no Maracanã, e a Bolívia, fora de casa, cinco dias depois.
A primeira vez em que a equipe nacional conquistou a Copa América fora do país foi justamente diante dos bolivianos, em junho de 1993. O Brasil já tinha vencido o torneio Sul-americano em 1919, 1922, 1949 e 1989, resultados obtidos dentro de casa.
BRASIL 3×1 BOLÍVIA – La Paz – 29.06.1997
Bolívia: Trucco; Oscar Sánchez, Peña, Sandy e Cristaldo; Soria, Sergio Castillo, Baldivieso e Moreno (Coimbra); Erwin Sánchez e Etcheverry
Técnico: Antonio López
Brasil: Taffarel; Cafu, Aldair, Gonçalves e Roberto Carlos; Dunga, Flávio Conceição (Zé Roberto), Leonardo (Mauro Silva) e Denílson; Edmundo (Paulo Nunes) e Ronaldinho Técnico: Mário Jorge Lobo Zagallo
Árbitro: Juiz: Jorge Nieves (Uruguai)
Gols: Denílson, aos 40min, e Erwin Sánchez, aos 46min do primeiro tempo; Ronaldo, aos 33min, e Zé Roberto, aos 47min do segundo tempo
Sob o comando de Zagallo, a seleção saiu na frente, mas cedeu o empate, ainda no primeiro tempo. Ronaldo Fenômeno, ainda chamado de Ronaldinho pelos torcedores, marcou o segundo e Zé Roberto fechou o placar. Na época, a equipe brasileira era a campeã mundial, tinha conquistado o tetra em 1994 e se preparava para a Copa de 1998, na França.
Depois da vitória diante da Bolívia, Mário Jorge Lobo Zagallo desabafou nos microfones: “Ganhamos, com dificuldade. Não tínhamos a mesma velocidade, mas tínhamos o coração. É pra você. Vocês sabem quem são. Não preciso dizer mais nada. Vocês vão ter que me engolir!.” O bordão famoso foi um desabafo de Zagallo que era taxado de ultrapassado pela crítica. Havia muita pressão para que Vanderlei Luxemburgo assumisse a seleção brasileira.
Em maio de 1997, a equipe nacional tinha perdido um amistoso para a Noruega, em Oslo, por 4 a 2, resultado que representou o fim de uma invencibilidade de 42 meses. Depois, a seleção não foi bem no Torneio da França, preparatório para a Copa de 1998. Desde então, as críticas a Zagallo passaram a ser rotineiras e, por isso, o desabafo na Bolívia. Apesar das pressões, o “Velho Lobo” resistiu até o mundial da França e foi vice-campeão.
Assista ao desabafo após a conquista da Copa América