Cruzeiro
Demissão pela imprensa, desentendimento com Mattos e mais; bastidores de Fernando Diniz no Cruzeiro
As cobranças a Fernando Diniz se intensificaram depois do vice-campeonato na Sul-Americana, há duas semanas. Porém, houve respaldo da diretoria do Cruzeiro, considerando o contexto, com avaliação positiva do trabalho no dia a dia. Também em função de estar sob contrato e do que foi a conversa com os dirigentes, Fernando Diniz não procurou a […]
As cobranças a Fernando Diniz se intensificaram depois do vice-campeonato na Sul-Americana, há duas semanas. Porém, houve respaldo da diretoria do Cruzeiro, considerando o contexto, com avaliação positiva do trabalho no dia a dia.
Também em função de estar sob contrato e do que foi a conversa com os dirigentes, Fernando Diniz não procurou a diretoria para falar sobre continuidade. Naquele momento, o treinador tratava com naturalidade as cobranças, mas com a certeza de que haveria sequência do trabalho.
A situação mudou nesta primeira semana de dezembro. Após tropeços diante de Grêmio e Bragantino, o noticiário começou a apontar para um caminho diferente, com análise do trabalho após o Brasileiro e possível demissão de Fernando Diniz. Nos últimos dias, a situação passou a incomodar o treinador.

Apesar de não terem nenhum comunicado da diretoria, Diniz e outros profissionais do Cruzeiro entenderam que havia mais indícios que apontavam para tal. O estopim para o treinador aconteceu após a derrota para o Palmeiras, quando o noticiário apontou para grande possibilidade de demissão.
Não houve um pedido formal de Fernando Diniz por uma reunião com dirigentes do Cruzeiro, mas o treinador conversou informalmente com Alexandre Mattos, CEO de futebol, à beira do gramado da Toca, na tarde de quinta-feira.
Foi nesse papo que aconteceu a fala do dirigente ao treinador, tratada por ele na coletiva como “muito vaga”. Diniz se incomodou com a situação, principalmente por entender, nas entrelinhas, que a diretoria de fato teria tomado a decisão, mas sem comunicá-lo.
O técnico não insistiu no assunto com outros integrantes da diretoria, mas relatou o inconformismo a pessoas próximas e colocou sob dúvida a presença em Caxias do Sul. O Cruzeiro nega que havia qualquer decisão tomada sobre o futuro do treinador – ele, por outro lado, tinha certeza que estava definido.

Após o ocorrido, Fernando Diniz foi com a delegação para Porto Alegre, no mesmo ônibus que integrantes da diretoria – entre eles Mattos e Paulo Pelaipe. Depois, por se tratar de férias, o treinador estava liberado para viajar ao destino que quisesse. E assim Diniz fez, como estava programado.
A expectativa é de que haja uma definição nesta segunda-feira sobre a situação do treinador, diante da relação com Mattos que se desgastou rapidamente, diante da conversa de quinta-feira e da entrevista coletiva de domingo. Há multa rescisória no contrato, mas o valor está abaixo dos R$ 7 milhões que estavam previstos no vínculo com o Fluminense, de onde saiu em julho.
