Nos últimos dias, a polícia de Londres desarticulou uma quadrilha suspeita de contrabandear até 40 mil celulares roubados do Reino Unido para a China no último ano. No total, 18 pessoas foram presas e mais de dois mil aparelhos roubados foram recuperados.
A investigação começou após uma vítima do grupo rastrear um iPhone roubado no ano passado. O dispositivo estava em uma caixa com outros 894 telefones em um armazém perto do aeroporto de Heathrow.
Quadrilha era responsável pela venda de 40% dos celulares roubados em Londres
- Segundo informações da BBC, os policiais descobriram que quase todos os telefones tinham sido roubados e estavam sendo enviados para Hong Kong.
- Outras remessas foram interceptadas e os agentes utilizaram técnicas forenses nas embalagens para identificar dois homens.
- No momento da prisão da dupla, foram encontrados cerca de dois mil outros aparelhos.
- De acordo com a polícia de Londres, encontrar o carregamento original de telefones, a partir do rastreio do iPhone, foi o ponto de partida para a investigação.
- Os trabalhos acabaram revelando uma quadrilha internacional de contrabando responsável pela exportação de até 40% de todos os celulares roubados em Londres.
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Aumento da demanda por telefones usados
O número de telefones roubados em Londres quase triplicou nos últimos quatro anos, passando de 28.609, em 2020, para 80.588, em 2024. Isso significa que três quartos de todas as ocorrências do tipo registradas no Reino Unido acontecem na capital inglesa.
Segundo a polícia, a crescente demanda por telefones usados, tanto no Reino Unido quanto no exterior, é um dos principais fatores por trás do aumento dos roubos. No caso da quadrilha em questão, os alvos costumam ser produtos da Apple, que garantem um maior lucro.

A investigação descobriu que os ladrões de rua estavam recebendo até 300 libras por aparelho (cerca de R$ 2,1 mil). Os mesmos dispositivos são vendidos na China por até 4 mil libras (R$ 28,5 mil), uma vez que têm acesso à internet e são mais atraentes para aqueles que tentam contornar a censura de Pequim.
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