Como a IA está tornando a vida financeira dos PJs muito mais simples

O crescimento da pejotização vem redesenhando o mercado de trabalho no Brasil. Entre 2022 e 2024, cerca de 4,8 milhões de trabalhadores migraram do regime CLT para a atuação como pessoa jurídica (PJ), segundo o IBGE. O modelo oferece flexibilidade para empresas e profissionais, mas traz também novos desafios, como a burocracia financeira, a dificuldade de comprovar renda e a falta de previsibilidade nas receitas.

Nesse cenário, a inteligência artificial começa a assumir um papel central na reorganização das finanças de profissionais autônomos e prestadores de serviço. Novas plataformas digitais utilizam a tecnologia para automatizar pagamentos, validar notas fiscais em tempo real e organizar extratos por projeto, o que dá mais clareza e controle sobre as finanças.

Com o uso dessas ferramentas, cada contrato passa a ter um extrato exclusivo, facilitando o planejamento e o acesso a crédito. Além disso, algoritmos de IA são capazes de interpretar dados, confirmar informações com clientes e fornecedores e até agendar transferências via WhatsApp, reduzindo o tempo de processamento de pagamentos em até 70%, de acordo com o Sebrae.

Um dos exemplos mais recentes vem da parceria entre a fintech Bonde e a HUG, empresa especializada em curadoria e alocação de talentos. Desde a adoção do sistema, a plataforma já movimentou mais de R$ 1 milhão em transações digitais e passou a integrar 100% da equipe interna da HUG e 15% dos profissionais da rede. A automação eliminou o retrabalho na conferência de notas fiscais e reduziu drasticamente o tempo gasto com rotinas financeiras. “O mercado está mudando rapidamente, e as empresas precisam de agilidade. A inteligência artificial dá ao profissional mais segurança e, às companhias, mais eficiência”, afirma Gustavo Loureiro Gomes, CEO da HUG.

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A aplicação da IA também se expande para outras áreas, como o recrutamento de talentos. A triagem de perfis, que antes levava dias, agora pode ser feita em segundos, agilizando contratações e reduzindo custos. Para especialistas, o avanço dessas soluções representa um novo capítulo na relação entre PJs e tecnologia. Ao oferecer organização, previsibilidade e segurança, a inteligência artificial pode consolidar a pejotização como um modelo sustentável e cada vez mais estruturado no mercado brasileiro.