Ciro Nogueira, que já ocupou o cargo de ministro da Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro e atualmente preside o Partido Progressista (PP), manifestou sua insatisfação em relação a uma recente declaração de Donald Trump. O presidente dos Estados Unidos afirmou “não precisar” do brasil, o que Nogueira interpretou como um sinal de desprezo e sugeriu que ele deve ser tratado “de igual para igual” se o Brasil quiser o respeito do americano.
Não pode ser todo o tempo reverenciado. O Brasil é bem maior do que a reles resposta que ele deu à jornalista Raquel Krähenbühl desprezando o Brasil.
Quanto mais servis parecermos menos respeitados seremos.
Tratá-lo de igual para igual, respeitosamente, não como um país “sem…— Ciro Nogueira (@ciro_nogueira) January 22, 2025
Quando questionado pela jornalista da Globonews Raquel Krähenbühl sobre sua perspectiva em relação às relações com a América Latina e, especificamente, com o Brasil, Trump respondeu: “Devem ser ótimas. Eles precisam de nós. Muito mais do que nós precisamos deles. Não precisamos deles. Eles precisam de nós. Todo mundo precisa de nós”.
O republicano não respondeu à pergunta da brasileira se pretendia se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nos comentários da publicação, bolsonaristas caçoaram da opinião do senador. “Lacrou, amigue!”, ironizou uma seguidora. Outros afirmaram concordar com Trump, e responsabilizaram o governo e a “omissão do Senado” pela imagem do Brasil não ter maior credibilidade.
Já o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que foi a Washington acompanhar a posse, também endossou a fala de Trump. Em seu perfil no X (antigo Twitter), o deputado federal publicou o trecho da entrevista nesta quarta-feira, afirmando que “falar o óbvio só choca quem não vê a realidade”.
“Sinceramente, as pessoas saem dos EUA para viver no Brasil ou é o contrário? Autoridades dos EUA buscam ir à posse de presidentes brasileiros ou é o contrário?”, questionou.
*Reportagem produzida com auxílio de IA e Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Dias