Connect with us

Brasil e Mundo

Chuvas causam duas mortes e um desaparecimento no Rio Grande do Sul

Publicado

on


Precipitações superiores a 100 milímetros causam enchentes, deslizamentos, quedas de árvores, bloqueios de rodovias e evacuações emergenciais nas mesmas regiões de 2024

Foto: CELLO OLIVER/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
Ruas alagadas em vários bairros de Porto Alegre (RS), após fortes chuvas  

Duas mortes e um desaparecimento foram confirmados pelas autoridades do Rio Grande do Sul, em decorrência das chuvas que atingem o Estado desde segunda-feira (16). O cenário repete o do ano passado: destruição, medo e urgência e nos mesmos municípios As precipitações superam os 100 milímetros em diversas cidades e 300 milímetros em alguns locais, provocando enchentes, deslizamentos, quedas de árvores, bloqueios de rodovias e evacuações emergenciais. Entre os rios que transbordaram estão Jaguari, Ibicuí, Vacacaí e Vacacaí Mirim. O Jacuí também superou a cota de inundação. Diversas cidades, como Canoas, voltaram a viver o temor das enchentes. Uma nova cheia do Guaíba, na região metropolitana, não está descartada.

Em Candelária, no Vale do Rio Pardo, uma mulher de 54 anos, identificada como Geneci da Rosa, morreu após o carro onde estava ser levado pela força da correnteza de um arroio. O marido, de 65 anos, que também estava no veículo, segue desaparecido. O corpo de Geneci foi localizado pelos bombeiros anteontem. Já na Serra Gaúcha, Mário César Trielweiler Gonçalves, de 22 anos, morreu depois que o carro em que dirigia foi arrastado pelas águas do Rio Caí – o corpo d’água atingiu ontem o nível de inundação, com 10 metros, e ainda ontem subia 14 centímetros por hora. A morte ocorreu pela manhã, na ponte que liga a Linha Sebastopol, em Caxias do Sul, ao município de Nova Petrópolis. Fragilizada desde os danos causados nas enchentes de maio de 2024, a cabeceira da estrutura teve uma parte destruída pela força do rio.

A ligação entre os dois municípios pela BR-116 já havia sido comprometida anteriormente. A nova cheia fez com que a base da ponte voltasse a ser atingida com intensidade, comprometendo ainda mais a estrutura e interrompendo o tráfego local. Segundo levantamento da Defesa Civil estadual, até o momento ao menos 58 municípios já registram prejuízos relacionados ao temporal. Casas alagadas, famílias desalojadas, pontes destruídas e escolas com aulas suspensas marcam o rastro de destruição provocado pela chuva constante e volumosa. Equipes de Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e das prefeituras atuam em regime de emergência, enquanto o Estado permanece em alerta máximo.

A força das chuvas obrigou seis municípios a acionar planos de contingência diante da elevação rápida do nível do Rio Taquari. As cidades de Bom Retiro do Sul, Taquari, Cruzeiro do Sul, Arroio do Meio, Estrela e Lajeado iniciaram ações preventivas nas últimas horas. As informações são das Defesas Civis dos Vales do Taquari e Rio Pardo. O Rio Taquari atingiu a cota de inundação de 19 metros ontem e continuava a subir 25 centímetros por hora. Em Lajeado, algumas famílias precisaram ser removidas de suas casas e deslocadas para o Parque do Imigrante. Já em Estrela uma pessoa portadora de deficiência física, usuária de cadeira de rodas, foi retirada de uma área considerada de risco. A medida visa a proteger moradores mais vulneráveis diante do risco de alagamento em áreas próximas do rio.

O avanço das chuvas no município de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, já afeta de forma direta a rotina de aproximadamente 100 mil pessoas. Alagamentos, bloqueios no transporte público, vias intransitáveis e prejuízos em áreas residenciais têm alterado o cotidiano da população. Segundo a Defesa Civil municipal, 430 moradores precisaram deixar as residências por causa da elevação das águas. A maioria, 352 pessoas, buscou abrigo na casa de familiares ou amigos. Outras 78 foram encaminhadas para abrigos temporários montados pela prefeitura. A MetSul Meteorologia alertou em relatório sobre a situação que o Guaíba em Porto Alegre subirá muito rapidamente até o fim semana, por causa sobretudo da vazão do Jacuí, que tem uma cheia maior, e pelos volumes altos entre Porto Alegre e Cachoeira do Sul e Rio Pardo. A mesma previsão de cheia vale para o Rio Uruguai.

cta_logo_jp

Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

O que diz a meteorologia

Segundo a Metsul, pode voltar a chover forte em Porto Alegre e região metropolitana hoje. A expectativa é de que o tempo só volte à estabilidade a partir de sábado. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho, de grande perigo de fortes chuvas em áreas do Rio Grande do Sul. A previsão é de acumulado de chuva até amanhã, podendo superar 100 milímetros por dia, disse o Inmet. Conforme o instituto, há risco de grandes alagamentos e transbordamentos de rios e deslizamentos, em cidades com áreas de risco. O aviso abrange o noroeste rio-grandense, centro ocidental rio-grandense, sudoeste rio-grandense, região metropolitana de Porto Alegre, sudeste rio-grandense, nordeste rio-grandense e centro oriental rio-grandense.

*Com informações do Estadão Conteúdo 

 





Link original da matéria

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Advertisement