Esporte
Capitão Maicon revela em entrevista a possibilidade de ser dirigente do Grêmio
Ídolo Maicon fala sobre desejo da torcida em vê-lo dirigente do Grêmio, mas revela silêncio da diretoria e desabafa sobre ausência no vestiário.
Maicon, ídolo incontestável do Grêmio e um dos líderes mais emblemáticos da última década no clube, falou abertamente sobre a possibilidade de integrar a diretoria tricolor. Em entrevista recente, o ex-volante revelou que, apesar do clamor de parte da torcida por sua presença nos bastidores, jamais foi procurado pela atual gestão para ocupar qualquer cargo. Segundo ele, há uma lacuna visível entre base e profissional, um problema que acredita poder ajudar a resolver com sua vivência e liderança.
O ex-jogador também comentou sobre a derrota na final do Gauchão para o Internacional, quando muitos torcedores esperavam vê-lo presente no vestiário para apoiar o elenco. “Me mandaram bastante coisa dizendo que eu tinha que estar lá. Mas isso não é uma decisão minha. Eu não posso me oferecer para trabalhar no Grêmio. Se o presidente não me chamou, é porque ele não enxerga em mim esse potencial”, desabafou Maicon, demonstrando mágoa, mas também respeito à hierarquia.
Maicon– Grêmio e o vácuo de liderança nos bastidores
A ausência de figuras com identidade gremista no cotidiano do clube tem sido alvo de críticas recorrentes. Em momentos decisivos, como o clássico Gre-Nal, a falta de alguém com pulso firme e voz ativa no vestiário foi sentida. Maicon, que viveu o ápice e a reconstrução do Grêmio, entende os códigos do vestiário, a linguagem da base e as dores do torcedor. Mas sua não convocação para dentro do clube acende um alerta: há espaço para ídolos na estrutura ou o clube decidiu seguir um caminho técnico e mais frio?
A relação entre o passado vencedor e a atual gestão parece desconectada. Não é sobre nostalgia ou saudosismo, mas sobre reconhecer ativos humanos que conhecem a alma do clube. Maicon não pede cargo — apenas expõe uma realidade. Se o Grêmio quer reconstruir pontes com a arquibancada e reequilibrar o vestiário, talvez precise olhar além dos números e considerar quem já foi parte do coração da instituição.

