Capital paulista tem alta de homicídios e furtos em julho, enquanto estado registra quedas

A cidade de São Paulo registrou aumento de 21% nos homicídios e de 5,4% nos furtos em julho deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2024. Em contrapartida, os roubos, latrocínios (roubo seguido de morte) e estupros tiveram queda. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Foram 46 vítimas de homicídio doloso na capital em julho, ante 38 no mesmo mês do ano passado. No acumulado entre janeiro e julho, a cidade soma 314 assassinatos, um crescimento de 16% em relação às 270 vítimas registradas no mesmo período de 2024. Entre os casos mais recentes estão mortes envolvendo policiais militares, como a do marceneiro Guilherme Dias Santos Ferreira, 26 anos, atingido por um disparo em Parelheiros, zona sul, e a de Igor Oliveira, 24, baleado em Paraisópolis.

Nos furtos, o salto foi de 19.995 ocorrências em julho do ano passado para 21.070 neste ano. Segundo a polícia, a alta está ligada à atuação de grupos em regiões de grande circulação, como áreas próximas a estações de Metrô, com celulares entre os principais alvos. Em contrapartida, outros crimes apresentaram queda na capital:

  • Roubos: 8.601 casos em julho, queda de 10,9%
  • Latrocínios: três casos, queda de 40%
  • Estupros: 218 registros, redução de 5,2%

Cenário no Estado de São Paulo

Diferente da capital, o Estado registrou redução em todos os principais indicadores de criminalidade no mesmo período:

  • Homicídios: 200 vítimas, queda de 1,5%
  • Furtos: 46.353 casos, queda de 0,6%
  • Roubos: 14 mil casos, queda de 12,8%
  • Latrocínios: 16 vítimas, queda de 15,8%
  • Estupros: 1.131 registros, queda de 3,2%

No acumulado de janeiro a julho, o Estado somou 1.496 homicídios, praticamente estável em relação ao mesmo período do ano passado (1.488). Os roubos e latrocínios chegaram ao menor patamar desde o início da série histórica recente, em 2001.

O que diz a SSP

Em nota, a secretaria afirmou que acompanha as variações por meio do programa SP Vida, que reúne dados estratégicos para orientar políticas de enfrentamento. A pasta destacou que a capital encerrou os primeiros sete meses de 2025 com a segunda menor taxa de homicídios dolosos em 25 anos e que os roubos alcançaram o menor nível desde 2001.

Sobre a diferença entre capital e interior nos furtos, a SSP afirmou que a cidade de São Paulo concentra maior fluxo de pessoas e comércio, o que impacta nesse tipo de delito. Segundo a pasta, operações vêm sendo realizadas para prender receptadores e recuperar celulares roubados.

Publicada por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA