O deputado federal Guilherme Boulos, que foi candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSOL, protocolou um pedido de inelegibilidade contra o governador Tarcísio de Freitas, do Republicanos. A ação foi motivada por declarações feitas por Tarcísio, que afirmou que o Primeiro Comando da Capital (PCC) teria orientado seus membros a votarem em Boulos. No entanto, o governador não apresentou evidências que sustentassem sua afirmação. Além do pedido contra Tarcísio, Boulos também solicitou a cassação do registro de candidatura de Ricardo Nunes, do MDB, e de Ricardo de Mello Araújo, do PL.
O deputado argumenta que ambos seriam beneficiados pelas declarações do governador, que, segundo ele, configuram abuso de poder político e uso indevido da comunicação social. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) revelou que a Polícia Militar interceptou mensagens que supostamente ligam uma facção criminosa à escolha de candidatos, mas não forneceu provas concretas. As campanhas de Nunes e Araújo reagiram ao pedido de Boulos, considerando-o um ataque à democracia e uma tentativa de desestabilizar o processo eleitoral.
Na ação, Boulos fundamenta seu pedido de inelegibilidade de Tarcísio por um período de oito anos, com base na Lei Complementar 64/90. Ele alega que as declarações do governador representam uma tentativa grave de manipular o resultado das eleições. A defesa de Boulos enfatiza que a suposta orientação do PCC deve ser investigada e que as falas de Tarcísio estão sendo utilizadas de forma criminosa por apoiadores de Nunes em grupos de WhatsApp.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias