Brasil e Mundo
As consequências de ‘fazer o diabo para ganhar as eleições’
Podemos considerar que ontem Lula se lançou informalmente candidato para 2026. Preocupado com a queda de sua popularidade, o presidente anunciou medidas para liberar o FGTS, além de valorizar os programas Pé de Meia e Farmácia Popular. A liberação de recursos do Fundo de Garantia tem um duplo objetivo: estimular o consumo para frear a desaceleração econômica em curso e dar um dinheiro extra para o trabalhador a fim de amenizar a corrosão do seu poder de compra pela inflação.
Embora a medida possa aparentemente trazer um alívio no curto prazo, de longe não é solução para o médio e longo prazo. Estimular o consumo com uma inflação elevada pode gerar efeito contrário ao esperado: estimular ainda mais a demanda com a inevitável alta de preços futuramente. Entretanto, na lógica populista-eleitoreira, a racionalidade econômica é o que menos importa. Para essa turma, o que vale mesmo é utilizar a máquina do governo, oferecendo todas as benesses estatais, para ganhar a próxima eleição, mesmo que as consequências para a população sejam bem negativas no futuro.
Aliás, já vimos este filme no passado. Dilma disse que “faria o diabo para ganhar as eleições de 2014”. Gastou como nunca, e ganhou. Mas o capeta cobrou seu preço com anos no inferno econômico: quedas de PIB, desemprego e inflação elevada.
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