Independentemente do desfecho da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, Trump já conseguiu uma grande vitória com o cessar-fogo e a libertação dos reféns israelenses. Evidentemente, as próximas fases serão cruciais para determinar os rumos do conflito. O Hamas vai devolver as armas? Israel irá retirar as tropas durante a fase de ocupação das forças de paz? De quais países serão as forças de paz? Benjamin Netanyahu vai aceitar força de paz independentemente do país, até mesmo daqueles de maioria islâmica?
Essas são algumas perguntas que mostram o desafio da próxima fase. De qualquer modo, a conclusão da primeira mostra a capacidade de negociação de Donald Trump. Ao contrário do que se pensa, Trump não é um presidente beligerante como seus antecessores, mas alguém que calcula muito bem a relação risco retorno no cenário geopolítico.
No Irã, não cedeu às pressões neocons de uma invasão do país a qualquer custo, mas promoveu uma ação militar calculada para dar uma resposta a Israel e aos americanos, sem entrar numa guerra de fato. No caso da guerra em Gaza, Trump também acerta ao propor uma solução de dois Estados, e também por envolver interlocutores importantes na mesa de negociação, como o Egito, a Turquia e o Catar.
Trump provavelmente introjetou os ensinamentos do “Arte da Guerra”, de que o conflito armado é a última solução.